Embora as ações do homem possam influir de modo marginal sobre o comportamento do clima no planeta, as variações climáticas na Terra ocorrem naturalmente e estão sujeitas a grandes flutuações.

A observação é do professor e jornalista especializado em divulgação científica, Fernando Sampaio, que na sexta-feira, 5, ministrou palestra intitulada “Aquecimento global: fantasias e realidade”, a convite da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

“Não existe um clima padrão, mas a Terra está em permanente mutação ao longo do tempo”, salientou o professor.

A fim de comprovar a sua tese, Sampaio apresentou o resultado de pesquisas científicas indicando que a variação da temperatura global da Terra próximo à superfície não apresenta uma curva de crescimento contínuo ao longo do tempo, mas sim uma série de oscilações. Os dados indicam que uma maior emissão de gás carbônico na atmosfera não significa, necessariamente, um maior aquecimento planetário.

A presença de gás carbônico na atmosfera aumenta e diminui por ciclos, bem como a temperatura, anotou.

O palestrante advertiu que as ações do homem não foram responsáveis pelo surgimento do “efeito estufa”. Esse fenômeno, na realidade, sempre existiu e desempenha importância vital para a manutenção da vida na Terra, mantendo as temperaturas mais amenas e adequadas. Nesse sentido, frisou Sampaio, o efeito estufa é natural e essencial.