Em conversa entre amigos evangélicos pode até parecer que nas igrejas há mais casais do que solteiros, mas se analisarmos os dados do IBGE, pelo Censo 2010, os números mostram o contrário.

Para se ter uma ideia, dos 10 milhões de fiéis que se declararam membros da igreja Assembleia de Deus, pouco mais de 5 milhões estão solteiros. O mesmo acontece entre os batistas, dos 3.107.020 que se declararam membros dessa denominação, 1.539.923 estão solteiros.

O que pode gerar essa diferença entre os dados obtidos na pesquisa do IBGE e a realidade dos solteiros evangélicos – muitos reclamam de não encontrar pretendentes em suas igrejas – pode estar relacionado à distância.

Um jovem solteiro da Igreja Batista no centro de São Paulo pode estar procurando por uma mulher que frequente a Igreja Batista do extremo Sul da cidade, ou até mesmo nas cidades vizinhas, ou até mesmo em outro estado. Quem sabe ela não está entre os solteiros da Igreja Metodista ou Presbiteriana?

Resolver essa questão exige estratégia dos líderes responsáveis pelos jovens ou jovens adultos que podem promover eventos entre as igrejas irmãs ou até mesmo com outras igrejas cristãs da região.

Acampamentos, projetos missionários, trabalhos voluntários e muitos outros eventos servem para que esses jovens se conheçam, gerando uma amizade que pode vir a resultar em um casamento.

Mas hoje com o advento da internet é possível estreitar essas relações através das redes sociais em grupos de evangélicos ou grupos da própria denominação.

Além disso, também é possível utilizar ferramentas como o Prime Encontros, onde cristãos de todas as denominações e de todos os estados do Brasil podem se cadastrar para encontrar pessoas que também estão em busca de um relacionamento sério.

Entre os quase dois milhões de assinantes, 30% são membros da Assembleia de Deus, 20% são membros da Igreja Batista e os outros 50% dos usuários do site se dividem entre as demais denominações.

Enquanto muitos evangélicos ainda não conhecem essas ferramentas, outros já contam histórias com final feliz, tanto é que há pelo menos 3 mil casamentos por ano formados por casais que se conheceram na plataforma de namoro evangélico.