O deputado evangélico José Bruno (DEM), líder da Banda Resgate e bispo da Igreja Renascer, propôs recentemente o projeto de lei que estabelece normas para que as áreas circunvizinhas às linhas férreas no estado de São Paulo sejam transformadas em ciclovias. Com isso, os espaços, que hoje estão em poder de empresas concessionárias, passarão a ser de utilização exclusiva para circulação de bicicletas. 

“Esta Lei tem vários propósitos, entre eles: a melhoria do tráfego e da qualidade do transporte coletivo; a utilização destas áreas com finalidade de lazer, de trabalho e de deslocamento alternativo; a eliminação de áreas abandonadas e ociosas; 
sem falar na inclusão social que acontecerá por conta de uma nova alternativa de locomoção à curta e média distância, já que a bicicleta é um meio de transporte mais barato e acessível à população de baixa renda”, explica o deputado.

A propositura foi baseada em alguns projetos bem sucedidos no país, como o “Ciclovias Cariocas”, no Rio de Janeiro, e no exterior, como as ciclovias suíças, em Zurique. “Há grande ligação entre o projeto ora proposto e a grande mobilização que se faz na Europa, para maior utilização e racionalização no uso dos veículos movidos a propulsão muscular, como bicicletas, triciclos e outros”.

O Estado de São Paulo tem cerca de 10 mil quilômetros em ferrovias, o que fará com que as ciclovias tenham a mesma extensão. Para o deputado, uma malha cicloviária em funcionamento no Estado tem organizado o fluxo de bicicletas nas vias proporcionando segurança a esportistas e condutores. “As ciclovias servem de rota segura para quem diariamente vai ao trabalho, escola ou faz serviços de entrega em bairros residenciais, constituindo-se, assim, em alternativa para o comércio de entrega de produtos”, diz.

PL 1300/2007 visa ainda transformar estas áreas em utilização comum, com finalidade de lazer, de trabalho e de deslocamento alternativo, onde, a cada três quilômetros, serão construídas quadras poliesportivas para uso da população circunvizinha. Nas áreas de entradas das estações, de trem e metrô, deverá haver bicicletários, onde os usuários de bicicleta poderão deixar seu veículo com a devida segurança para embarcarem nos trens, diminuindo o fluxo de ônibus e outros veículos poluentes na região.